domingo, 21 de julho de 2013

Domingo

"Eu fico na janela esperando
Aquele que nem sei se vem.
Se está perto, se está longe,
Se me quer mal ou bem.
Não sei quanto tempo passa,
não sei se é carência ou o passar do tempo.
Se o tempo passa, tudo certo
Mas não está certo esperar tanto tempo.
A poesia continua aqui
A melodia ainda não.
Não sei se a música está em mim,
ou fez-se inverno no verão.
Como Caetano ou Djavan,
muita poesia pra pouco amor
Muita música pra pouco destino
Muito silêncio e pouco ardor.
Onde estão os ventos nortes pra mudar esse dissabor?"

domingo, 7 de outubro de 2012

O veneno



Fico pensando nas pessoas que vivem a querer comprar outras, impor suas opiniões e orgulho sobre a humanidade. Que alimentam o ego de tal forma que isso se torna sua vida. Naquelas pessoas em que a ambição é uma parte grande demais em seu ser, querendo sempre mais e mais, muito além do que precisam ser ou ter. Fico pensando naquelas pessoas que desconhecem a humildade real, e a diferença entre precisar, querer, e merecer. Trata-se de um veneno que bebem sem saber.
As pessoas compram umas às outras com palavras, com uma energia horrível e que os mais sensíveis concordam o quanto faz mal. Vendem-se a si mesmas e compram os outros constantemente. O orgulho, o ego e o egoísmo ainda são o veneno da humanidade, o que sempre penso que fará, algum dia, tudo isso que chamamos de “Planeta Terra” entrar em colapso.
Vivemos em um conflito de egos e necessidades próprias, e isso é a doença da humanidade. Eu odeio a ambição, alguns afirmam que ela é necessária, mas não deixo de pensar que suas conseqüências são cruéis. Há uma certa diferença entre a ambição e a vontade de melhora interna, que penso ser o mais importante.
Vejo pessoas a afundarem-se em si mesmas sem nunca conseguirem atingir o patamar de felicidade desejado, sem nunca conseguirem olhar para quem os cerca ou mesmo ouvir uma palavra que contribuiria. Ou mesmo distorcendo tudo o que ouve a seu bel prazer, porque, mesmo ao ouvir, não escutam, não entendem, lhes é desconhecido.
Me perdoem os que pensam diferente. Sei que sempre serão maioria. Mas o desabafo se fez necessário. 

sábado, 8 de setembro de 2012

Melodia

Os anos passam, e eu continuo carregando
Aquilo que em mim não se desfaz
A sensação nítida e constante
De que só a música me traz paz.

Mesmo quando em sua ausência
Quando dizem que não há som
A música vive em minha cabeça
Tomada por ela eu sou

A arte é, como tenho vida
E isto não há de mudar.
Ainda que em prantos decida
Por outros caminhos trilhar

Acho que é mesmo o som do silêncio
Que fica, quando todos se vão
Que fica, quando os olhos fechados
Não escondem meu coração

Sou música de verso a verso
Sou em sono e em amanhecer
E cada passo em meu transitar
É minha sinfonia, meu viver

Sou rima rica, rima pobre
Sou o som do silêncio em mim
A cada nota me desdobro
E como fênix, renasço assim

(Bibiane L. Moreira)

domingo, 8 de abril de 2012

Espelho do tempo


O tempo segue passando no seu tiquetaquear interminável. Já não sou como era, e sou mais eu do que nunca fui. As coisas se definem quando se tem paciência... Mesmo as mais terríveis tempestades findam. E nenhuma calmaria se mantém eterna. É o equilíbrio das coisas... a harmonia da vida. Inspirações vêm, e vão. E é como a maresia... como as fases da lua! Se no momento as coisas não vão bem, faço o que posso e me ponho a esperar. Quem sabe o que a nova lua, a nova maré, podem me trazer?

E no que resumo hoje, a minha caminhada... fé. Um dia precisei dela, e tanto que busquei, a encontrei.

Continuar a ver a vida com olhos inocentes, me traz algumas confusões - sempre! -, mas, também, a felicidade de ver o belo em cada situação, cada ser, cada momento. Aquelas confusões clássicas de quem trata a todos com gentileza e as pessoas confundem... bem, com outras coisas. Tudo bem, hoje já aprendo a rir das situações impensadas que acontecem sempre.

Quando olho no espelho, percebo que o tempo passou. Ainda a menina, mas já as rugas querendo fazer espaço nos cantos dos olhos. Sim, porque enquanto mantemos a juventude mental, o tempo não perdoa a carne. Vejo que algumas coisas nunca mudam, mas as experiências da vida terrena, querendo ou não, vão amadurecendo-nos à força. Os aprendizados muitos acabam por me tornar uma “eu” que talvez nunca tivesse pensado em ser. E felicito-me por isso.

Se em algum momento tenho dúvidas sobre os caminhos que devo seguir, lembro-me de que a maré muda... a lua muda. O sol nasce, e se põe. E cada nova hora que brota na vida pode trazer uma resposta, uma solução, um amadurecimento que permita ver melhor o caminho. E permito-me lembrar disso o tempo todo. Eu não me permito perder a confiança – a minha fé. Não por mais do que alguns instantes.

E quando olho no espelho, e algumas aflições surgem, tudo bem... é só o passar do tempo dando seus sinais, os ciclos que fazem parte da vida de todos. É a beleza de ver de fora, o que nos tornamos por dentro, e todas as mudanças que aconteceram e que nos tornaram nós mesmos.

domingo, 18 de março de 2012

De súbito

E vem, de súbito, a luz pra clarear os meus pensamentos!

Vida, eu juro que não entendo que caminhos me esperam. Já cansei de tentar entender. Já cansei de planejar, e ver tudo ir por água abaixo. Sonhar faz bem, sim, mas não demasiado; até certo ponto, porque o depois traz a expectativa, e a expectativa traz a decepção.

“Deixe a vida surpreender” seria a solução mais rápida.

Então eu vejo luzes, eu vejo rostos, eu vejo tantas coisas no meu dia-a-dia... Eu tiro conclusões sobre mim que não se aplicam, e se são aplicáveis, eu mesma não consigo transpôr à realidade que me condena.

Eu vejo sonhos não terminados, vontades não começadas. Eu vejo caminhos, eu vejo barreiras, eu vejo, vejo, vejo... Eu envelheço.

Envelheço em mim, cada vez mais. Onde foi parar o tempo interminável? Eu ainda estou aqui... Os mesmos gostos, rostos, lembranças. E não se pode viver de lembranças. Mas... aonde foram parar todas aquelas danças?

Mosquitos malditos! Sugadores da minha energia, do meu dia após dia, do meu sono tranqüilo! Parem já com seu tiquetaquear e seus zumbidos nos meus ouvidos... que a poesia precisa tomar forma. No meu sono, sonho, sonífero, fuga de cada dia. Que renasce.

Eu não entendo, eu custo a acreditar, os caminhos que realmente me esperam. Que sejam bons, que eu tenha força, que eu tenha fé, firmeza, proteção. Que eu sabia enxergar na hora certa, e que eu tenha certeza de que sou capaz.

Coragem é dar o primeiro passo, sem saber o que vem depois. Coragem é ter fé, sem poder enxergar.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sentir...

Às vezes, o sentimento é tão grande que transborda pelos olhos, escorrendo qualquer máscara de indiferença e nos mostrando como somos, nus de qualquer esconderijo.
A vida acaba exigindo que nos mostremos sempre numa fortaleza e indiferença que não trazemos por essência. Nossa alma acaba escondida, em um cantinho de nós... Mas quando nossos valores verdadeiros passam a ser trabalhados, eles se amplificam de tal forma, que é impossível resguardar qualquer máscara, qualquer sombra para se esconder... E somos defrontados perante nossas próprias qualidades e defeitos. Estamos nus diante de nossa própria essência... Simples assim...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

"Viver a vida"

Não faça escolhas definitivas baseadas em emoções passageiras.
Não tenha medo de arriscar-se.
Estipule metas, e siga por elas.
Viva cada dia como se fosse o último.
Viva muito, conte pouco, aproveite cada segundo.
Tudo que vai, volta.
Não deixe para amanhã o que você pode fazer agora.
Sonhe alto! Mas mantenha os pés no chão e os olhos no foco.

E agora me responda:

quem realmente segue tudo isso? Quem realmente consegue viver preso a regras? Não é verdade que acabamos por descobrir cada passo que deve ser dado, como evitar certos erros, simplesmente vivendo?

Hmmmmmm....

;)