domingo, 18 de março de 2012

De súbito

E vem, de súbito, a luz pra clarear os meus pensamentos!

Vida, eu juro que não entendo que caminhos me esperam. Já cansei de tentar entender. Já cansei de planejar, e ver tudo ir por água abaixo. Sonhar faz bem, sim, mas não demasiado; até certo ponto, porque o depois traz a expectativa, e a expectativa traz a decepção.

“Deixe a vida surpreender” seria a solução mais rápida.

Então eu vejo luzes, eu vejo rostos, eu vejo tantas coisas no meu dia-a-dia... Eu tiro conclusões sobre mim que não se aplicam, e se são aplicáveis, eu mesma não consigo transpôr à realidade que me condena.

Eu vejo sonhos não terminados, vontades não começadas. Eu vejo caminhos, eu vejo barreiras, eu vejo, vejo, vejo... Eu envelheço.

Envelheço em mim, cada vez mais. Onde foi parar o tempo interminável? Eu ainda estou aqui... Os mesmos gostos, rostos, lembranças. E não se pode viver de lembranças. Mas... aonde foram parar todas aquelas danças?

Mosquitos malditos! Sugadores da minha energia, do meu dia após dia, do meu sono tranqüilo! Parem já com seu tiquetaquear e seus zumbidos nos meus ouvidos... que a poesia precisa tomar forma. No meu sono, sonho, sonífero, fuga de cada dia. Que renasce.

Eu não entendo, eu custo a acreditar, os caminhos que realmente me esperam. Que sejam bons, que eu tenha força, que eu tenha fé, firmeza, proteção. Que eu sabia enxergar na hora certa, e que eu tenha certeza de que sou capaz.

Coragem é dar o primeiro passo, sem saber o que vem depois. Coragem é ter fé, sem poder enxergar.

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