quarta-feira, 23 de março de 2011

Silêncio.

Ultimamente, o silêncio tem sido grande amigo das minhas horas mais atordoadas. O silêncio absoluto, sem opiniões ou julgamentos, sem vozes nos meus ouvidos, sem sons demasiados nos meus pensamentos – só o peixe nadando no aquário e o sutil silêncio da água correndo na fonte. O silêncio dos passos que me cercam e das conversas mínimas dos passageiros dos ônibus. O cheiro forte da plantinha doce, da flor, ao lado da minha cama. Afora toda a barulheira deste mundo, o silêncio tem sido um conforto para meus ouvidos cansados. Interessante. Quem lê meus escritos deve pensar, por vezes, que tenho cem anos, ou, outras tantas, apenas dez. Sou um pouco disso tudo, e absolutamente nada. Um alguém tentando aprender que o ser humano erra, e que nem por isso deve deixar de acreditar ou tentar ser melhor.

Saudades dos tempos em que não era necessário pensar tanto. Mas será que já vivi algum momento desses?

Pensamentos de quem não sabe, ao certo, o rumo que as coisas vão tomar, no momento. Mas que acredita que, alguma hora, tudo vai ficar bem. E torcendo pro mundo não precisar mais de tanto sofrimento pra aprender o que precisa. Dói ver pessoas chorando. Dói mesmo.

Fico em silêncio, em homenagem ou pesar das coisas que tem acontecido no mundo. Que seja feita a vontade do Pai, e não a nossa. E que lembremos sempre disso.

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